quinta-feira, 2 de julho de 2015 0 comentários

Um Sherlock

Enxergue a minha dor, então poderás dizer quem eu sou.
Procure por meu sucesso, então entenderás como penso.
Encontre meus anseios, então conseguirás ver quem serei.

Desabotoe meus botões, aqueles que pensam como ninguém. Desabroche em mim - sim, você - o amor. Adentre em meu coração e, por obséquio, permaneça. Bagunçado, adoidado. Peças foras do lugar e, às vezes, sem encaixe. Desenrole os papeis de décadas passadas. Discursos nunca ditos. Promessas nunca realizadas. Procure devagar, sem pressa. Talvez você até pense em ficar. Talvez você mude de ideia e volte depois. Ou talvez vai embora para nunca mais. 

Lembre-se: complemento não é completar. Ser. Estar. Permanecer.
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Há quem diga

Perdoem-me a minha eterna sensibilidade. Ou talvez insensata sensibilidade. Ou a insana. Quem poderá defini-la? Um dicionário? Ah, por favor, não preciso disso. Há quem diga que nunca chorou. Minha mãe já dizia que se uma mosca passasse e olhasse feio para mim, eu não pensava duas vezes em estar a chorar. Pobre mosca. Pobre menina. Há quem diga que nunca precisou de ninguém. Oh, pobre Rousseau que apresentou a fraternidade. Mas, sabe o que acontece? Pisou no calo doeu. Há quem diga que está feliz all the time. Dá até vontade de jogar um pouco de carvão nesse arco-íris. Se é que já não há. Há quem diga que nunca amou. Pior mentira do mundo: a de mentir para si mesmo. A começar pelo amor próprio. Confesso que alguns realmente não almeja se amar, nem o faz. Mas sempre há amor. Em tudo. A vida em si. Há quem diga que a vida é uma balança. É como uma bicicleta - como sempre ouvi, desde criança. Se parar? Cai. E o que é isso? Física. Não, pere. Equilíbrio. Sim, física. Não, pere. Isso é vida. Sim, vida. Em tudo, equilíbrio. Perdoem-me minha insana sensibilidade. 

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