segunda-feira, 12 de agosto de 2013 0 comentários

A Contadora de Histórias

EPÍLOGO 

Como você está? Alguém já te perguntou isto hoje? Você já fez esta
pergunta a alguém hoje? Pequenos detalhes sempre são necessários em
nossas rotinas. Detalhes, retalhos, sobras, estou aqui para contar histórias,
destroçá-las, ou seja lá qual for a definição que coloquem. Sou uma
contadora de história! Vou contar-lhes histórias de todos os tipos: amor,
romances passageiros, não correspondidos, crianças felizes que andam
pelas ruas com pedrinhas de brilhantes. Mas nem tudo são flores, contarei
também histórias de tristeza, rejeição, angústia e dor. Venha comigo, não
gosto de ser sozinha.

Antes de contar histórias que eu já vi e ouvi, vou contar-lhes a minha
história. Não é daquela que te faz ficar faminta e ansiosa para saber o que
acontecerá, mas não posso falar dos outros sem antes olhar para os meus
lindos olhos. Ops, meu próprio umbigo! Bem, nasci em 1987, filha de pais
trabalhadores, nunca me deixaram faltar nada. Sou filha única, porém
possuo um irmão, que, apesar de chato, sempre foi um alicerce para mim.


Às vezes até tenho pensamentos egoístas quando acho bom ter sido a única
filha, mas acho que seria legal uma irmã também. Contudo, como não
posso ter irmãs de sangue, tenho as de coração. Elas são vermelhinhas,
estão bem guardadas e seguras dentro de mim e são indispensáveis. São as
paredes da minha vida. Bem, agora estou com 22 anos, terminando o meu
penúltimo período da faculdade e já estou contando os dias para as minhas
férias. Eu disse contando? Sim! Também conto números. Conto também os
gatinhos da faculdade. Nossa, eles são deslumbrantes. Tem de todos os
tipos: loiros de olhos azuis, morenos de olhos verdes, altos, musculosos.
Como se fosse regra, há também os nerds, sempre segurando milhares de
livros com o óculos torto, totalmente desajeitado. A faculdade é quase um
paraíso amoroso. Sim, existe uma forma mista deste tipo de homem: bonito
e inteligente!


Durante esses quatros anos que passei naquela prisão, tive meus
momentos de altos e baixos. Períodos com matérias espetaculares e
períodos com professores insuportáveis. Sempre quis dar uma passagem de
ida sem volta a eles para o outro lado do mundo. Como quase todas as
meninas que iniciam esse caminho, conheci um veterano. Ele era quase um
deus grego! Era muito desejado, atleta e atraente. Não era exatamente
inteligente, tinha grana e seus pais podiam pagar para ele passar de ano
em qualquer faculdade. Porém, não sei o porquê nem como, ele veio até a

mim. Minhas amigas não conseguiam acreditar, acho que nem eu.
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Lembrança

- Às vezes prefiro fingir que sou cega. Prefiro não ver o que eu vejo. Prefiro fingir que essas coisas nunca existiram - disse-lhe, olhando para o céu.
- E você consegue? - voltou-se para mim, ainda sentado.
- Não, não na maioria das vezes. É difícil livrar-se de uma lembrança que perpetua em nossa memória.
- E o que aconteceu?
- Não sei bem... É que quando os seus sorrisos e risos se encontram, meu coração se parte. 
Segurou em minhas mãos e abraçou-me. Seu abraço era aconchegante, deixei que ali morresse minhas tristezas e angústias. Junto se foram minhas lágrimas. 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013 0 comentários

Apresentação informal

Não sei bem como começar este texto. Na verdade, a gente raramente sabe como começar alguma coisa. Às vezes não damos o primeiro passo com medo de todo o resto do caminho ser defeituoso; dar errado. Também não sei sobre o que tratar nestas linhas: história de romance? Suspense? Terror? Tragédia? Comédia? Ou seria melhor fazer um texto argumentativo, ou mais profissional? Ou algum texto de ideias? Também não sei. Escrevo ao léu, sem rumo, sem escolher bem. Escrevo porque assim me sinto bem. Sem destinatário, sem hipocrisia, sem falsidade. Escrevo nas mais simples palavras para que um dia que possa vivê-las; se já não as vivo. Escrever talvez não seja o meu forte, porque me perco em pensamentos e ideias que me distanciam uma coerência textual melhor, por exemplo agora. Mas reúno comigo todas as palavras e formo cada frase com as verdades do meu coração. Ou dos meus pensamentos. Penso que viver assim seja liberdade. Liberdade de pensamento, de sentimento, de qualquer tipo de repressão. Sem público para te acusar. Sem plateia para te julgar. E é assim minha rotina neste imenso mundo restrito a um espaço em branco para ser preenchido de pequenos pontos pretos: quase sem querer. 

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