domingo, 13 de abril de 2014 0 comentários

Duas vias

Eu fico ali parada, alternando as duas vias que há: o amor e o medo. E, por vezes, paro e fixo o meu olhar no medo. E não é só medo. Medo é o início. Ou a consequência. Ou é um ciclo. E é como se ele fixasse o olho em mim. Me atraía e me amedrontava. Trazia à minha mente todos os meus riscos. De amores. Todas as perdas possíveis. De vida. E parecia imperdoável, porque não lhe escapava quaisquer detalhes. E me paralisava. Era uma tristeza. Era uma atitude. Era uma espera. Eram desejos. Era um passado que, como um prisioneiro, colocava uma algema nos pés junto ao peso das minhas traições comigo mesma. Mas havia algo ainda maior, uma outra via que brilhava. Essa luz transpassava minha alma, e brilhava tão intensamente que me fazia desviar o olhar daquele medo paralisador. Seu brilho estremecia todo o meu corpo, simplesmente incrível. Tenho agora apenas que atravessar, duas vidas e um outro lado me esperando para recomeçar. Sei que a luz que tenho é mais intensa que o medo que habita em meus sentimentos; sei que o meu amor por alguém me conduz a algum medo, principalmente de perder; sei que, mesmo sendo um caminho de duas vias, uma ficará vazia e a outra me ajudará a atravessar em busca do novo, do excepcional. E é nisso que eu acredito.
terça-feira, 1 de abril de 2014 0 comentários

Tomei nota

Já escrevi em uma folha de bloco de notas para não te esquecer; sim, peguei uma folha em branco, e escrevi ali: "não esquecer: você". Parece bobo, não é? E sim, é. Não preciso mais escrever em blocos, em paredes, em folhas ou quaisquer outras coisas que seja, já tomei nota. Sim, já escrevi. Já tomei nota em meu coração. Escrevi nele que eu te amo. Já era, já foi, não tem como apagar.

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